sábado, 3 de fevereiro de 2007

Juquinha, Lição de Amor







Juquinha era um menino de 12 anos que cantava muito bem na igreja. Todos os dias ele estava lá firme e forte, não tinha tempestade, não tinha dor, nem visita alguma que lhe impedia de vir à casa de Deus. Ele até que era bem afinado, quando cantava, o povo da igreja vibrava, chorava e saltava de alegria.
Só que Juquinha tinha um problema, que para os outros era um problema, mas para o Juquinha não era não, Juquinha era deficiente físico, andava em cadeira de rodas.
Ele cantava nas igrejas dos lugares mais longínquos do Brasil, Deus através dele fazia milagres.
Certa vez Juquinha foi a uma festa, ao qual um amigo de sua classe o havia convidado, lá ele fez uma oração e declarou cura para todos ali presente.
Um menino chamado Fábio de mais ou menos uns 15 anos, muito debochado e sem um pingo de credulidade perguntou ao jovem levita:
- Ô irmão! Esse seu Deus realmente cura as pessoas?
- Sim amigo, Deus faz a obra nas nossas vidas do jeito que Ele quer e na hora que Ele quer. Por quê?
- Porque Ele ainda não te curou pra você levantar dessa cadeira de rodas? Se Deus não responde a você, que ora sempre e ainda faz a obra dele, como pode responder a mim que sou um pecador? Se tua oração não faz efeito na sua vida, na minha é que não vai fazer, quer saber não preciso de tua oração!

O levita ficou um pouco chateado com essas perguntas e desaforos de Fábio, mas não hesitou em responder:
- Olha amigo, Deus opera na nossa vida do jeito que Ele quer, como eu já falei e talvez eu não tenha tido fé pra ser curado, como as pessoas que eu oro e Deus cura na hora, agora se você não quer receber oração é um direito que lhe assiste.
Juquinha terminou sua oração, cantou um louvor e foi pra casa pensativo na seta que o inimigo lançara naquela tarde. Ele entrou num propósito com Deus de oração e jejum durante duas semanas não saía do seu quarto pra nada, fazia todas as refeições dentro do seu quarto, pediu para sua mãe não se preocupar, pois estava num propósito com Deus.
Juquinha chorava, e clamava pelo poder de Deus na sua vida, orava sempre assim: Como que todos são curados através do poder de Deus e eu não?
Duas semanas se passaram e Juquinha se levantou e foi se arrumar, pois iria terminar seu propósito naquele dia, durante essas duas semanas, Deus não falou, só Juquinha falava.
Ele fez uma última oração. Ao terminar sua oração e com os olhos molhados de lágrimas, Juquinha ouve uma voz em seu coração: - Meu filho amado, não falei com você nessas duas semanas, por que não tive chances, durante esses 14 dias só você falou e Eu não conseguia te responder. Agora sim que te encontras calado, posso falar. Meu amado filho, Eu sou teu Deus e sou contigo através de ti tenho curado e liberto muitas pessoas, nunca te deixei em falta, quantas pessoas já converti através de minha palavra evangelizada por ti e você nunca precisou de tuas pernas! Porque te deixaste abater com a seta do inimigo?
Juquinha chorou com essas palavras trazidas ao seu coração, pediu perdão a Deus, tomou um banho e saiu do seu quarto com coração leve.
Ao sair do seu quarto a sua campainha toca e ele vai atender.
- Oi Fábio o que faz aqui?
- Por favor, me ajude Juquinha.
- O que aconteceu Fábio?
- Meu irmão sofreu um acidente ontem e quebrou a bacia, os médicos dizem que ele pode ficar paraplégico, por favor, ore por ele, eu não vou suportar isso. (Fábio chora muito).
- Tá bom meu amigo, vamos até ao hospital onde ele está!
Os dois saíram, Juquinha na sua cadeira de rodas toda motorizada e Fábio ao seu lado, pois o hospital era perto dali.
Ao chegar lá, o médico que cuidava do irmão de Fábio informou aos meninos:
- Olha só um milagre mesmo, para seu irmão sair daqui andando.
- Podemos vê-lo? Perguntou Juquinha confiante no milagre.
- Claro, vamos lá. Respondeu o médico.
Ao entrarem no quarto do menino de apenas seis anos, Juquinha levantou um clamor a Deus e até o Fábio que outrora rejeitou a oração, orou com ele.
Os dois foram embora, pois a resposta sobre o futuro do menino internado, só sairia depois de três dias.
Durante esses três dias, Fábio não havia entrado em contato com Juquinha, depois desses dias o telefone toca e Juquinha atende.
- Alô?
- Oi Juquinha sou eu, o Fábio.
- E aí amigo e seu irmão já saiu do hospital?
- Saiu hoje. E sabe como ele saiu?
- Não sei, mas me diz logo estou ansioso em saber.
- Ele saiu andando meu amigo, realmente esse Deus que você serve cura e faz milagres, poxa eu quero pedir perdão a você e a Deus, pois debochei de vocês e não acreditava no poder que Deus tem.
- Saiba que Deus já te perdoou, e eu, quem sou eu para não perdoar, pois na sua ignorância você pecou, agora arrependido pede perdão ao Pai.
- Outra coisa, meus pais estão querendo visitar sua igreja nesse domingo, podemos ir com você?
- Claro será um imenso prazer em levá-los.
- Que horas que é o culto, Juquinha?
- Ás 7 horas da noite.
- Então tá combinado, nós iremos com você.
No domingo a noite toda a família de Fábio foi à igreja de Juquinha, a família toda aceitou a Cristo em seu coração.
Os dois meninos se tornaram grandes amigos, Fábio passou a fazer parte do grupo de adolescentes da igreja, seus pais se batizaram e seu irmão passou a evangelizar a todos, contando seu testemunho.
Juquinha passou a vigiar mais, e se consagrar mais, para saber enfrentar as setas e os dardos inflamados do inimigo.
Cada dia que se passava Juquinha era mais usado por Deus para curar pessoas, libertar e converter muitas almas para Cristo. Deus o enviara para evangelizar na África até lá Juquinha e sua família libertaram vidas.
Juquinha se despojou de sua juventude para servir a Deus em todos os lugares que Deus o enviava.

FIM
ASS: Denise Fraga Pampolha.

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