sábado, 27 de janeiro de 2007

As mentiras de Lilica


Foi dessa forma que Lilica chegou ao mundo, bom, assim a mãe dela conta!
Lilica chegou bem miudinha, trazida por uma cegonha, todos contam que ela era a criança mais linda daquela rua.
Lilica mamava muito, sugava todo leite de sua mãe, era um bebê muito saudável.
Lilica não chorava muito, sua mãe conta que até pra mamar lilica não reclamava.
Até o papai de Lilica gostava de ajudar, trocava as fraldas
de Lilica, toda as vezes que a mamãe tinha que sair.
Oito anos se passaram e Lilica cresceu, muito esperta e inteligente, ela era uma morena muito feliz e seu cabelo era vermelho, pois ela tinha puxado a sua avó materna que era ruiva. No seu oitavo aniversário teve uma linda festa.
Nesta festa tinha pirulito, bolo, hambúrguer, refri, e muitas guloseimas. Lilica ganhou muitos presentes de seus amiguinhos.

Todos brincaram muito na festa de Lilica e foram pra casa, felizes e satisfeitos.
Lilica era muito simpática com as pessoas, mas tinha um grande defeito gostava muito de contar mentiras. Contava história tão bem contada que ás vezes dava até pra acreditar.
Uma vez Lilica contou para seu amigo Bruno que havia encontrado um galo que miava.
Bruno perguntou: - Mas ele comia milho ou ração?
- Os dois, pois ele era um galato, um cruzamento de galo com gato! Respondeu ela sem hesitar.

As crianças muitas vezes não acreditavam muito em suas histórias. Outra vez encontrando sua amiga Aliny ela lhe contou que comeu um pirulito de ovo.
- Mas é gostoso esse pirulito? Perguntou curiosa Aliny.
- Claro amiga, só vem um pouco sem sal, mas dá pra comer.

Outra vez, ela falou pro Miguel seu primo, que havia encontrado no lixo uma boneca que fala.
Seu primo ficou desconfiado e lhe perguntou:
- Mas o que essa boneca falou?
- não deu pra entender a pilha da boneca estava fraca. Respondeu ela com ar de riso.
- ah! Tá.
Os dois riram bastante e foram embora, pois já estavam na hora do lanche da tarde.
Na ida pra sua casa Lilica encontrou Fernando que não foi a sua festa e lhe perguntou:
- Porque você não foi à minha festa?
- É porque eu fiquei dodói.
- Você perdeu, pois tinha um parque inteirinho no meu quintal pras crianças.
- Mas eu conversei com quem foi e ninguém disse nada.
- Fui eu quem pediu pra não contar nada pra ninguém sobre o parque.
- AH! Tá bom.

As crianças começaram desconfiar de Lilica e conversaram com seus pais sobre as histórias de Lilica e seus pais disseram que eles tinham que ajudar Lilica a parar com essas mentiras e pensaram em armar alguma coisa para assustar Lilica, pois suas histórias estavam passando dos limites.
Joaninha falou: - Gente lembra uma vez que ela nos contou que foi assaltada e que tinha sido seqüestrada e foi parar num cativeiro.
Então eu pensei “vamos assustá-la nessa mesma história que ela inventou”.
Todos concordaram e bolaram um plano para ajudar Lilica, se vestiram com máscaras e roupas de seus pais e foram esperar Lilica passar pra comprar pão. Quando Lilica passou, eles a pararam e disseram:
- Hei você me dê esse dinheiro aí!
- Quem é você? Perguntou Lilica assustada.
- Minha querida é um assalto!
- Não, por favor.
- Vamos levá-la também pro cativeiro e arrumar mais dinheiro com sua família.
- Não, eu sou pobre. Disse ela chorando muito.
Lilica começou a gritar desesperadamente socorro.
Mas ninguém ouvia Lilica.
Levaram ela e a deixaram o dia todo no cativeiro, foram até sua casa e avisaram ao seus pais o que eles fizeram para ajudar a Lilica a parar de mentir e sua mãe estava a par de tudo.
Quando chegou a noite eles a soltaram e disseram: Isso foi uma lição pra você saber que todas as mentiras que você conta podem se realizar, pare de mentir para os seus amigos eu ouço tudo que você diz.
Soltando Lilica, ela correu pra casa, e contou pra sua mãe e pros seus amigos tudo que aconteceu. Eles disseram:
- Mentira Lilica, você mente muito.
- Tá bom eu confesso das outras vezes foi mentira, mas agora dessa vez é verdade. Eu juro. Vou parar de contar mentiras, pois isso não faz bem, só prejudica.

Os amigos olharam um pro outro com vontade de rir, e viram que com aquela lição Lilica ia ser mais cuidadosa em inventar histórias.



Fim



Autora: Denise Fraga.

Pampolhópoles


Havia numa cidade chamada Pampolhópoles um castelo onde moravam o rei Luiz, a rainha Denise e suas filhas, a princesa Ana e a princesa Débora. Era uma nova época de vestimentas de reis e rainhas, até as princesas já não usavam mais aqueles vestidões todo rodado, os plebeus, coitados, andavam descalços e com roupas velhas.
Essas duas irmãs brigavam muito, uma queria ter mais ouro do que a outra, uma queria ter um quarto melhor e maior que a outra, elas queriam que os pais gostassem mais de uma do que da outra, enfim elas viviam desafiando uma a outra e ficavam até sem se falar.
Então o rei e a rainha já não agüentavam mais essa situação, enquanto eles testavam suas espadas a rainha teve uma idéia e falou para o rei: - Majestade vamos fazer uma coisa, vamos espalhar pelos muros da cidade a seguinte proposta: “Aquela pessoa que fizer as nossas filhas pararem de brigar nós daremos metade de nosso ouro”.
O rei ficou muito feliz com aquela proposta que a rainha lhe apresentara, então o rei mandou espalhar em todo o reino e em toda cidade vários papéis.
Vieram pessoas de vários lugares e se inscreveram, mas ninguém conseguia resolver este problema.
Até que chegou um plebeu muito bonito, e com pose de príncipe que encantava todas as donzelas da cidade, ele trabalhava na lavoura e se chamava Lucas, todos os nobres daquela cidade caçoavam do rapaz, pensando que ele jamais iria conseguir tamanho desafio.
Mas o rei disse: “-Só tem ele, traga ele mesmo, pois é minha última chance”.
Então o plebeu entrou no castelo e foi falar com o rei em segredo e o rei o apoiou em tudo que ele planejara!
Naquela noite o plebeu colocou uma armadura e raptou a princesa Débora, colocando-a sobre o cavalo que o rei lhe havia emprestado.
Quando a princesa Ana acordou foi procurar a irmã para mais uma briga e entrou no quarto viu que não tinha ninguém e começou a chorar!
Nisso entra o plebeu e diz: - Oi, eu sou enviado do homem de armadura, ele mandou lhe informar que ele está com a princesa Débora e não irá mais devolvê-la, pois ele tem observado que vocês brigam muito e não gostam uma da outra sendo assim ele resolveu raptá-la.
A princesa Aninha chorou mais forte ainda e disse ao plebeu Lucas: - fala com este homem que eu amo a minha irmã e que nunca, eu prometo, nunca mais irei brigar com ela.
Lucas disse que iria correndo falar com o homem de armadura tudo que a princesinha Ana havia dito e se foi.
Então a princesa Ana ajoelhou-se no chão e falou com Deus:
- Ah! Meu Deus se o Senhor trouxer de volta a minha irmãzinha, eu prometo não mais brigar com ela, irei respeitá-la e amá-la, enquanto eu viver.
Lucas se vestiu com aquela armadura de novo e foi onde estava à princesa Débora e falou com ela:
-Oi? Eu sou o homem de armadura, eu te raptei porque tenho observado que você e sua irmã brigam muito e não gostam uma da outra sendo assim, eu resolvi te raptar.
Débora sem pensar muito respondeu: - Seu monstro! Eu amo a minha irmã, eu prometo, nunca mais irei brigar com ela, irei respeitá-la e amá-la, enquanto eu viver.
Então ele lhe disse: - Se é assim como dizes então a levarei hoje mesmo para o castelo.
A princesa Débora ficou tão feliz que deu um grande abraço no jovem plebeu Lucas, ele a colocou no cavalo e a levou de volta ao castelo, chegando lá elas se viram e se abraçaram uma pedindo perdão a outra e prometendo nunca mais brigar, o rei fez um anel e cada uma pôs no seu dedo e firmaram uma aliança de serem amigas para sempre.
E houve festa no castelo nesse dia, as princesas e o Lucas se puseram a dançar, o rei mandou fazer um grande banquete e apresentou o Lucas como o novo amigo do rei e pôs um decreto que apartir daquele dia Lucas passaria a ser respeitado por todos os moradores de Pampolhópoles e declarou que no futuro uma de suas filhas seria esposa de Lucas.
Lucas levou metade do ouro do castelo e ficou milionário e o rei o chamou para morar no castelo e lhe deu um quarto, e um lindo cavalo.
Daquele dia em diante houve paz em todo reino, no castelo e na cidade de Pampolhópoles.





FIM



Escritora: Denise Fraga Pampolha.